domingo, 19 de agosto de 2012

Atlético Paranaense explica a "Operação Uruguai"


O Clube Atlético Paranaense formalizou a devolução do atleta Santiago Damián García Correa, conhecido como “El Morro”, ao Club Nacional de Football, do Uruguai. O registro definitivo do atleta foi realizado ontem na Federação Uruguaia de Futebol, data em que se encerraram os registros internacionais naquele país. 

Este é o desfecho da transferência mais cara da história do nosso clube. O Atlético Paranaense agradece ao jogador, aos seus agentes e principalmente ao Club Nacional. Todos entenderam, aceitaram e facilitaram as tratativas ao reconhecer que o CAP não deveria ter realizado a negociação do atleta. 

O Atlético Paranaense está liberado dos compromissos financeiros, abaixo citados, firmados de maneira irresponsável pela administração passada. Seguem os valores que não precisarão mais sair dos cofres do clube: 

     a) Contrato do jogador por mais quatro anos = U$ 3,4 milhões líquidos de impostos com a correção cambial por risco do CAP;
     b) Saldo de comissões a pagar aos agentes do jogador = U$ 0,6 milhão + impostos brasileiros por conta do CAP;
     c) Saldo de 50% dos direitos econômicos a pagar ao Nacional = U$ 2,1 milhões líquidos + impostos brasileiros por conta do CAP;
     d) Valores de direitos de imagens não pagos desde janeiro/2012 até julho/2012 = U$ 0,4 milhão, sem impostos;
     Total = U$ 6,5 milhões + impostos = U$ 7,6 milhões. 

Além dos valores acima citados, o Nacional devolverá os U$ 2 milhões que foram pagos pelo CAP quando o atleta se transferiu para o Brasil, referentes a 100% dos direitos federativos e 50% dos direitos econômicos de Morro García. 

Ou seja, o CAP não precisará pagar U$ 7,6 milhões dos próximos quatro anos de contrato (jogasse o atleta ou não) e receberá a devolução de U$ 2 milhões. O total de economia ao clube é de U$ 9,6 milhões de dólares americanos, equivalentes a R$ 19,2 milhões! 

O acordo amigável também prevê que todas as ações impetradas tanto na esfera Cível pelo Atlético Paranaense quanto na Trabalhista pelo atleta serão legalmente arquivadas.

Infelizmente, os valores pagos por comissões no Brasil e no exterior não serão recuperados. Estes valores montam em aproximadamente U$ 1,5 milhão. Somados a todos os impostos que seriam de responsabilidade dos favorecidos, mas, indevidamente pagos pelo CAP à Receita Federal no total de U$ 0,5 milhão, o valor que o Atlético Paranaense não conseguirá recuperar é de aproximadamente U$ 2 milhões, ou seja, R$ 4 milhões. A aventura, o desespero da gestão anterior em contratar um salvador da pátria para evitar a Segunda Divisão custou aos cofres R$ 2 milhões por gol, já que o atleta marcou somente dois gols em 18 partidas pelo clube. 

Com a devolução de Morro García, a atual diretoria do Atlético Paranaense está saneando o clube em relação à administração anterior, que vendeu todos os bons jogadores recebidos em 2008, deixou um legado de contratos com valores altos, compromissos impagáveis de jogadores sem mercado e um pequeno grupo de atletas sem condições de jogar o futebol que nossa torcida estava acostumada a ver desde 1995, ano em que foi iniciado o projeto de transformação do CAP em GIGANTE!

O Clube Atlético Paranaense ressalta que as notícias somente são divulgadas no site do clube, após a conclusão e a concretização das negociações de maneira oficial junto às instituições responsáveis e envolvidas nas mesmas.

AtleticoParanaense
Foto: UOL

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