“Em agosto de 2010, quando recebemos o fax do Chelsea com os valores a casa caiu. Naquela época, foi mais difícil que agora com o Real Madrid, porque não sabíamos o que fazer”, conta. Depois de absorvido o primeiro impacto da proposta, a diretoria do clube formulou uma estratégia baseada em argumentos privilegiando o lado emocional para manter o atleta no time. O quesito financeiro ficou para mais tarde.
A primeira reunião para tratar das negociações com o pai e empresário do atacante, Neymar da Silva Santos, foi aberta com uma apresentação de slides. O primeiro deles tinha a imagem de uma cadeira vazia, que estava assim há 18 anos, desde a morte de Ayrton Senna. A metáfora se referia ao posto de ídolo nacional do esporte, que estava desocupado. Enquanto a figura atraía os olhares de todos na sala, o discurso de Neto foi o seguinte: “O Guga [Gustavo Kuerten] chegou a sentar rapidamente nesta cadeira, mas o tênis não tem tanto apelo e sua carreira foi curta devido a contusão no quadril. Desde então, não houve substituto. O Neymar tem todas as qualidades para ocupar esse lugar e podemos coloca-lo lá. Mas para isso, em primeiro lugar, ele tem que querer. Em segundo lugar, ele deve ser preparado para isso”.
Depois que o atacante sinalizou sua preferência em ficar, o clube teve que adiantar o projeto de gestão da carreira dos atletas, que iria entrar em vigor somente em 2011. “Desenvolvemos uma área específica para trabalhar a carreira dos jogadores e apresentamos um plano diferenciado para o Neymar, no qual foram privilegiadas as ações necessárias para lapidar suas qualidades”, conta Armênio.
Marca Brasil
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