O Atlético de Madrid, sensação do Campeonato Espanhol e da Liga dos Campeões da Uefa nesta temporada, está de olho no mercado indiano. O clube se uniu a alguns empresários do país asiático e comprou o direito de comandar uma das oito equipes, a Kolkata, que farão parte da Super Liga Indiana, competição que terá três meses e começará em setembro deste ano.
Cada um dos novos donos de clubes terá de pagar US$ 25 milhões por um contrato de dez anos, segundo explicou a IMG, agência de marketing esportivo que comanda a criação da nova liga, em um comunicado. Sachin Tendulkar, um experiente jogador de críquete indiano, está entre os dirigentes que terão uma franquia. Ranbir Kapoor, Salman Khan e John Abraham, três atores da Bollywood, a Hollywood indiana, também se juntaram para comprar um time.
A Índia desponta como um alvo estratégico de executivos do futebol porque tem 1,2 bilhão de habitantes, possui uma economia emergente e tem como principal esporte apenas o críquete. Uma liga de futebol profissional está sendo criada por Mukesh Ambani, empresário mais rico de toda a Ásia, dono das indústrias Reliance, e será transmitida pela emissora Star India, uma filial do grupo americano 21st Century Fox, do bilionário Rupert Murdoch.
Investidores indianos apostam que a classe média do país vai passar a consumir o futebol, principalmente depois que a Premier League, primeira divisão da Inglaterra, e La Liga, primeira divisão da Espanha, começaram a ser transmitidas na região. Os dois campeonatos europeus abriram o apetite dos indianos pelo futebol, embora o críquete ainda seja imbatível. A meta é que, depois de muitos anos de investimento, a Índia consiga jogar a Copa do Mundo de 2026.
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